Bom dia, boa tarde, boa noite.
Me disseram que eu tinha que começar que escrever aqui. Começo:
Sou Felipe, mas ninguém me chama de Felipe. Pode chamar de Beck, que é sobrenome, é jovenzinho, é cool.
Sou redator publicitário, mas não escrevo nada para ninguém.
Sou da Vila Mariana, São Paulo, mas quero ir para outro lugar assim que puder.
Sou apaixonado por carros e por moda, mas dirijo mal e visto as mesmas roupas de sempre.
Sou grande consumidor de informação, mas que pega a maior parte das minhas referências da Wikipedia.
Sou um leitor ávido, mas que lê um livro por ano. O de 2021, pelo menos, já foi: A Metamorfose, de Franz Kafka. Devia ter lido no ensino médio, lá em 2016. É bem bom, viu.
Sou uma pessoa que sempre teve vontade de se expressar de alguma forma, mas sempre achei que ninguém ia ter muita paciência para me ler ou me ouvir.
Porém, sei também que, de todas as minhas incoerências, alguma coisa massa pode surgir.
Pois bem, chegou a hora. Estava tão atrasado quanto Gregor Samsa quando acordou de sonhos intranquilos, em sua cama, metamorfoseado em um inseto monstruoso.
É o fim da minha síndrome de barata.